A autora e ilustradora premiada com o Selo Cátedra UNESCO, Carol Fernandes, realizará essa oficina que tem como objetivo principal aproximar os participantes às referências estéticas e gráficas pertencentes ao fanzine, que se caracteriza como um espaço individual e/ou coletivo de experimentações artísticas. Por meio das técnicas de colagem e desenho, articulando palavras e imagens no jogo expressivo do fanzine, as crianças, autoras de textos e imagens, serão provocadas a criarem suas próprias publicações independentes.

Carol Fernandes nasceu em 1987 em Belo Horizonte (MG), cidade onde mora e trabalha como autora e ilustradora de livros ilustrados para as infâncias de todas as idades. Conheceu a literatura infantil durante sua graduação em pedagogia na Faculdade de Educação da UFMG e descobriu seus próprios textos e imagens. Cria utilizando técnicas em aquarela, acrílica, guache, colagem e digital. Além dos trabalhos autorais, atua, também, em projetos literários que nasceram em outros autores e editoras. Em 2019 lançou o livro Coração do Mar (Crivo Editorial) e o fanzine Mulheres que guardo em Mim (Publicação independente). Em 2020 criou o livro ilustrado Se eu fosse uma CASA (Tuya Edições), financiado coletivamente e premiado com o Sele Seleção Cátedra Unesco de Leitura PUC-Rio 2021.

Biscoito Escrito é uma oficina experimental da Cozinha Comum de manejo da palavra e da linha para escrever e desenhar com a comida, tendo por base uma massa de polvilho. Disse Oswald de Andrade, "um dia a massa ainda comerá o biscoito fino que eu fabrico", retomamos essa noção não por fino, nem por frito, mas pela proposição de caminhos de sentidos, imagem, tipografia, escrevência, pois se faz junto da mão, do braço, do corpo e da língua que saliva e morde a palavra.

A proposta contempla a feitura coletiva de uma massa de polvilho colorida por pigmentos naturais que servirá de matéria para escrita e desenho, seguida de duas fornadas coletivas. Ao longo do encontro, conversaremos sobre estratégias pigmentação e a linha enquanto composição plástica e comestível, retomando o ato da palavra assada, comida e triturada por nossas bocas. Do que iremos nos alimentar, nos nutrir, nos alfabetizar torna-se o chamamento para o domingo.

A Cozinha Comum, constituída por Jon Olier, Julia Bernardes, Lais Velloso e Silvia Herval, nasce no Espaço Comum Luiz Estrela e busca confluir elementos estéticos, políticos e afetivos a partir da comida. As ações do coletivo são dedicadas à pesquisa e criação artística e culinária a partir da sazonalidade alimentar e suas plasticidades. Interessa ao grupo a pluralidade dos processos alimentares em diálogo com a escrita, a fotografia, o desenho, a pintura, a performance e a arte-educação. Atualmente, é residente do projeto de Residência Artística Bolsa Pampulha.

Esta vivência parte da ideia de que a performance intermídia pode ser definida como um jogo originado na íntima fusão entre a voz e o corpo de quem performa, sua vestimenta, os adereços cênicos, o espaço, o tempo, os equipamentos tecnológicos eventualmente utilizados em cena e as reações do espectador. Por meio de exercícios individuais e coletivos, conversas informais e leituras em voz alta de poemas de diversas épocas e culturas, a vivência (que se organiza no formato de uma roda, para frisar a pertença de Ricardo Aleixo ao mundo das cosmopercepções africanas e afro-diaspóricas) tem como objetivo oferecer aos/às participantes a possibilidade de lidar com a palavra poética em suas mais diferentes dimensões.
Artista intermídia e pesquisador de Literaturas, outras artes e mídias, Ricardo Aleixo recebeu da UFMG, em 2021, o título de Notório Saber, equivalente ao grau de doutor. Desde 1992, quando lançou Festim – Um desconcerto de música plástica, seu livro de estreia, já lançou outros 14 títulos, dentre os quais se destacam Modelos vivos (Ed. Crisálida, 2010) e o mais recente, Extraquadro (Ed. Impressões de Minas/LIRA, 2021). Suas obras mesclam poesia, prosa ficcional, filosofia, etnopoética, antropologia, história, música, radioarte, artes visuais, vídeo, dança, teatro, performance e estudos urbanos. Já fez performances em quase todos os estados brasileiros e nos seguintes países: Argentina, Alemanha, Portugal, EUA, Espanha, México, França e Suíça. Tem obras expostas nas mostras permanentes Praça da Língua e Falares (Museu da Língua Portuguesa/SP.

ESPAÇO COMUM LUIZ ESTRELA - R. Manaus, 348 - Santa Efigênia, Belo Horizonte - MG, 30150-350

VIADUTO DAS ARTES - Av. Olinto Meireles, 45 - Barreiro, Belo Horizonte - MG, 30640-010
A PREFEITURA DE BELO HORIZONTE, POR MEIO DA SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA, APRESENTA